As Igrejas e o uso do rádio e da televisão: a formação de uma nova cultura religiosa.

1 – Levando em conta (a) que os meios de comunicação são veículos imprescindíveis na vida do mundo hoje (b) a intensa presença das igrejas na mídia eletrônica; que atitude deveu assumir como cristãos/ãs responsáveis na relação igreja-mídia?
As Igrejas nunca recusaram as inovações que surgiram no decorrer do tempo, ou seja, os meios eletrônicos de comunicação social. Vendo a ação do diálogo como um movimento de certificação do outro, as igrejas, desde o período da nascimento desses meios, em especial do rádio e da televisão, fundamentado no dito de que persuadir pessoas a escolherem pelo evangelho, e conseqüentemente a optarem por um determinado segmento cristão, causaria o aumento do Cristianismo. A esperança da visibilidade também era item admirável na aproximação igreja-mídia eletrônica. Os meios de comunicação tornavam aceitável uma propaganda das igrejas, a visibilidade de sua presença nos espaços sociais. Causando dessa forma um interesse prático estimulando as igrejas a criar departamentos.
Neste primeiro aspecto, precisamos entender que há um conjunto de ponderações sobre as relações entre cristãos e mídia no Brasil. Onde podemos fazer um belo passeio no processo de mudanças.
Primeiro precisamos entender a qual Deus está pregando. Hoje estamos em uma geração onde a salvação esta sendo pouco espalhada, e a prosperidade e a guerra até parece que são as únicas coisas procuradas nas escrituras sagradas. O meio de comunicação como elemento inserido em nossas comunidades acredito que é adequado, o que torna complexo, é o meio termo, ou seja, usar das informações, substituindo a Palavra de Deus, tirando-a do seu foco principal, colocando em prioridade outras coisas. Hoje em muitas igrejas o louvor, é a sua principal atração. Os pregadores estão perdendo espaço por não acompanharem o desenvolvimento dos tempos e permanece retido em uma pregação constante e fria, e na diferente vertente o louvor tem se destacado pela própria persuasão das equipes de louvor, grupos musicais, bandas gospel etc.. O que se exige com qualquer inovação, é cuidado e equilíbrio. Toda forma de expressão é apropriada, desde que os alvos sejam realmente a de anunciar a palavra de Deus. O cuidado com “cantor gospel” deve ser espalhado em nossos meios, onde as classes mal informadas adquirem de tudo. Avaliar o tipo de música e músicos que são colocados no altar do Senhor é de alta relevância, visto que Deus se alegra com os verdadeiros adoradores. As atrações de obras musicais em nossos meios são tão variantes que muitas vezes chegamos à igreja e ficamos como meros expectadores em um Culto, onde necessitaríamos estarmos adorando atingindo dessa forma, o coração de Deus. Ficamos num embaraçado de estilos novos que mal conseguimos alcançar o trono do Altíssimo. A mídia deve ser usada como um suplemento, visto que temos estes recursos que ate pouco tempo não existia. A apresentação da igreja no radio e televisão também é uma forma valida de pregar a Palavra de Deus, levar a mensagem onde igrejas, missionários e pregadores da palavra não conseguem atingir. É o meio mais rápido de divulgação da palavra de Deus, só que com moderação, pregando verdadeiramente o evangelho, sem distorções. Assim como nosso povo acredita nas coisas seculares, precisamos estar em alerta com o tipo de teologia que estamos edificando e espalhando.


2 - A cultura gospel é fato e faz parte da vida das comunidades cristãs espalhadas pelo Brasil. O que pode ser reforçado e o que pode ser transformado nessa expressão cultural religiosa a partir da nossa própria prática?

Nesta segunda parte, existem idéias e exemplos nela, que se faz através de um processo de mudanças ocorridas desde a fase mais antiga da imprensa até o período presente, que é o da comunicação mediada eletronicamente. Os exemplos de como o uso da televisão, assim como a compra de redes televisuais, provocaram alterações na maneira de os pentecostais se comunicarem com a sociedade brasileira. A escolha desses novos meios de comunicação trouxe para o campo religioso expressivo mudanças, assim como na prática do culto local, em que a congregação é estimulada a reagir como um auditório de televisão, onde se dão as gravações dos programas que posteriormente vão para o ar; a pressão da arrecadação financeira sobre o culto religioso; a maneira de o pastor se comunicar com as congregações locais e virtuais; o surgimento de celebridades, cantores e pregadores; e, finalmente, o risco de escândalos quanto ao uso de enormes quantias arrecadadas.
A cultura gospel esta presente em todos os cultos de nossas igrejas, o que nos alerta a estar sempre atentos, qual o tipo de pessoas e pregadores que colocamos para pregar a Palavra de Deus. A cultura gospel é igualmente uma das formas que Deus usa para atingir a população, a variedade musical, estilos diferentes, ritmo, formas de pregação, está relacionado, muitas das vezes, com a questão da cultura do seu povo, desta forma, devemos tomar o devido cuidado sim, mas não podemos generalizar tudo. Como poderíamos pregar de uma só maneira para um povo com cultura diversificada. A cultura religiosa em nossa época passa por uma turbulência espiritual, o propósito da pregação do Evangelho esta sendo cumprido, mas as mensagens nem sempre verdadeiras. Como nossa prática pode afetar esta cultura? Precisamos modificar, e eleger pessoas idôneas para colocar no altar para ministrar e pregar a palavra de Deus. Ficar cauteloso a todos os envolvidos na divulgação da palavra de Deus, confrontar os tipos de inovações que esta sendo anunciadas, se verdadeiramente é para o alvo da palavra de Deus, ou é somente para lançamento de novos talentos, com talento e sem compromisso.

Bibliografia:
As Igrejas e o uso do rádio e da televisão: a formação de uma nova cultura
Religiosa Magali do Nascimento Cunha.

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