BAJULAÇÃO
Socorro, Senhor! Porque já não há homens piedosos, desaparecem os fiéis entre os filhos dos homens, falam com falsidade uns aos outros. Falam com lábios bajuladores e coração fingido. Corte o Senhor todos os lábios bajuladores, a língua que fala soberbamente (Sl 12:1-3).
Por muito tempo o Senhor tem colocado em meu coração para compartilhar com os irmãos e amigos sobre este tema: a bajulação.
Estive por um bom protelando em falar sobre isso, mas toda vez que abria as Escrituras Sagradas o Senhor ministrava comigo algo sobre isso, ressaltando versículos e me mostrando o que tem ocorrido tanto na sociedade como na Sua Igreja. Segundo o dicionário bajular significa lisonjear, adular servilmente ou elogiar com interesse. Bajulação é aquilo que louva e exagera os méritos de alguém com fins interesseiros. Aquele que bajula é adulador e lisonjeador, conhecido também como puxa-saco.
No Brasil Império, por exemplo, o ato de beijar a mão de autoridades reais e eclesiástica era uma prática. Como foi outrora nos tempos antigo a bajulação hoje, tem tomado espaço na sociedade em que vivemos devido à superficialidade das relações humanas, o egocentrismo e a hipocrisia de muitos que vivem numa vida de falsidade.
Vivemos num mundo egoísta e corrupto onde o que importa é tudo aquilo que traz vantagem para si.
Vivemos numa sociedade onde o que predomina é levar vantagem tudo, certo!
Errado!
Maquiavel diz que o fim justifica os meios e são muitos que acreditam nessa teoria. Mas no caso da bajulação é algo que Deus não se agrada. O Senhor se agrada de um coração sincero, pois ao homem sincero, Ele mostrará sinceridade e o futuro desses será de paz (Sl 18:25 ;37:37).
Porém esta sinceridade deve ser algo benéfico e proveitoso para o outro. Existem pessoas que são tão sinceras no falar que acabam exagerando. Se não for para o bem esta sinceridade torna-se nociva, ou seja, o suicídio moral pela sinceridade exasperada. Em ambos os casos, tanto na bajulação, quanto no exagero de sinceridade o desequilíbrio no temperamento se torna evidente. Eu não preciso dizer o que não penso para receber algo (bajulação), nem falar o que penso só para me mostrar autêntico e “super sincero”. A franqueza no momento errado é tão prejudicial quanto à bajulação. Devemos aprender a falar no tempo certo e com sinceridade. Devemos aprender a ter a virtude de ser sinceros e não usar de bajulação. Devemos aprender a acima de tudo ter domínio próprio no nosso falar (2 Pe 1:6)
Pois assim diz a palavra de Deus: Como cidade derribada que não tem muros, assim é homem que não tem domínio próprio (Pv 25:28)
Como maças de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita há seu tempo (Pv 25:11)
Na bajulação não há verdade, seu objetivo é interesseiro, não é algo autêntico e propaga a falsidade. (Sl 12:2) A bajulação ocorre em todas as áreas da nossa vida como no nosso trabalho, na faculdade e até mesmo na igreja. Na sociedade vemos muitos usando da bajulação para crescer profissionalmente. E na igreja para dar e receber a glória humana.
O apóstolo Paulo disse que não usava de bajulação: Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve um pretexto de avareza; Deus é testemunha (1 Tessalonicenses 2:5)
Também disse que quem se utilizava disso era os falsos cristãos: Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples. Romanos 16:18
O justo Jó também disse a mesma coisa: Que não faça eu acepção de pessoas, nem use de palavras lisonjeiras com o homem! Jó 32:21.
Porque não sei usar de lisonjas; em breve me levaria o meu Criador.
Jó 32:22
A bajulação é algo nocivo em qualquer lugar, pois desde os tempos se antigos muitos se utilizam dessa prática. E hoje, isso não é diferente, pois, como dizia certa marchinha carnavalesca.
“O cordão dos bajuladores cada vez aumenta mais.”
O PODER DA GRAÇA DE DEUS
“Ela nos ensina a renunciar à plenitude e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente”.(Tito 2:12).

É inquestionável que Deus mostra uma enorme paciência para com a nossa rebeldia a Seus mandamentos.
Ainda assim, devemos entender que, embora Deus seja paciente, haverá um tempo de colher as imprudências do passado. A paciência de Deus nunca deve ser confundida com sua Graça. Embora trabalhem juntas, são dois aspectos diferentes.
Deus é paciente em relação aos nossos pecados, mas sua paciência tem o propósito de dar um tempo para que pessoa se arrependa. Referindo-se à segunda vinda do Senhor, o apóstolo Pedro disse: “O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.“ (II Pe. 3:9) Deus graciosamente revogou as exigências da Lei. Ele apenas espera a confissão e o arrependimento sincero.
Conforme declarou o apóstolo João: “Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I João 1:9). A Graça não é somente um dom, é uma séria responsabilidade. Um homem não pode levar a vida de tinha antes de encontrar Jesus Cristo. Ele deve ser vestido com uma nova pureza, com uma nova santidade e com uma nova bondade. A Porta está aberta ao pecador, mas não para permanecer pecador, mas para tornar-se santo.
A Graça é o meio pelo qual a salvação está disponível para toda a humanidade. No entanto, é muito mais que isso. A Graça é também um mestre e sua matéria principal é ensinar a ter uma vida agradável a Deus. Quando a tentação surgir por meio de algo pecaminoso, a Graça estará lá para nos ensinar a dizer “não”. Quando surgir uma oportunidade de nos entregarmos a algum desejo mundano, a Graça nos ensinará a renunciá-lo. A Graça diária de Deus não somente nos ajuda durante os momentos de tentação, mas também é uma força ativa na vida do cristão para ter uma vida sóbria, justa e piedosa neste presente século.
Do livro: Cria em mim um coração puro. Steve & Kathy
Ana Maria
As Igrejas e o uso do rádio e da televisão: a formação de uma nova cultura religiosa.

1 – Levando em conta (a) que os meios de comunicação são veículos imprescindíveis na vida do mundo hoje (b) a intensa presença das igrejas na mídia eletrônica; que atitude deveu assumir como cristãos/ãs responsáveis na relação igreja-mídia?
As Igrejas nunca recusaram as inovações que surgiram no decorrer do tempo, ou seja, os meios eletrônicos de comunicação social. Vendo a ação do diálogo como um movimento de certificação do outro, as igrejas, desde o período da nascimento desses meios, em especial do rádio e da televisão, fundamentado no dito de que persuadir pessoas a escolherem pelo evangelho, e conseqüentemente a optarem por um determinado segmento cristão, causaria o aumento do Cristianismo. A esperança da visibilidade também era item admirável na aproximação igreja-mídia eletrônica. Os meios de comunicação tornavam aceitável uma propaganda das igrejas, a visibilidade de sua presença nos espaços sociais. Causando dessa forma um interesse prático estimulando as igrejas a criar departamentos.
Neste primeiro aspecto, precisamos entender que há um conjunto de ponderações sobre as relações entre cristãos e mídia no Brasil. Onde podemos fazer um belo passeio no processo de mudanças.
Primeiro precisamos entender a qual Deus está pregando. Hoje estamos em uma geração onde a salvação esta sendo pouco espalhada, e a prosperidade e a guerra até parece que são as únicas coisas procuradas nas escrituras sagradas. O meio de comunicação como elemento inserido em nossas comunidades acredito que é adequado, o que torna complexo, é o meio termo, ou seja, usar das informações, substituindo a Palavra de Deus, tirando-a do seu foco principal, colocando em prioridade outras coisas. Hoje em muitas igrejas o louvor, é a sua principal atração. Os pregadores estão perdendo espaço por não acompanharem o desenvolvimento dos tempos e permanece retido em uma pregação constante e fria, e na diferente vertente o louvor tem se destacado pela própria persuasão das equipes de louvor, grupos musicais, bandas gospel etc.. O que se exige com qualquer inovação, é cuidado e equilíbrio. Toda forma de expressão é apropriada, desde que os alvos sejam realmente a de anunciar a palavra de Deus. O cuidado com “cantor gospel” deve ser espalhado em nossos meios, onde as classes mal informadas adquirem de tudo. Avaliar o tipo de música e músicos que são colocados no altar do Senhor é de alta relevância, visto que Deus se alegra com os verdadeiros adoradores. As atrações de obras musicais em nossos meios são tão variantes que muitas vezes chegamos à igreja e ficamos como meros expectadores em um Culto, onde necessitaríamos estarmos adorando atingindo dessa forma, o coração de Deus. Ficamos num embaraçado de estilos novos que mal conseguimos alcançar o trono do Altíssimo. A mídia deve ser usada como um suplemento, visto que temos estes recursos que ate pouco tempo não existia. A apresentação da igreja no radio e televisão também é uma forma valida de pregar a Palavra de Deus, levar a mensagem onde igrejas, missionários e pregadores da palavra não conseguem atingir. É o meio mais rápido de divulgação da palavra de Deus, só que com moderação, pregando verdadeiramente o evangelho, sem distorções. Assim como nosso povo acredita nas coisas seculares, precisamos estar em alerta com o tipo de teologia que estamos edificando e espalhando.


2 - A cultura gospel é fato e faz parte da vida das comunidades cristãs espalhadas pelo Brasil. O que pode ser reforçado e o que pode ser transformado nessa expressão cultural religiosa a partir da nossa própria prática?

Nesta segunda parte, existem idéias e exemplos nela, que se faz através de um processo de mudanças ocorridas desde a fase mais antiga da imprensa até o período presente, que é o da comunicação mediada eletronicamente. Os exemplos de como o uso da televisão, assim como a compra de redes televisuais, provocaram alterações na maneira de os pentecostais se comunicarem com a sociedade brasileira. A escolha desses novos meios de comunicação trouxe para o campo religioso expressivo mudanças, assim como na prática do culto local, em que a congregação é estimulada a reagir como um auditório de televisão, onde se dão as gravações dos programas que posteriormente vão para o ar; a pressão da arrecadação financeira sobre o culto religioso; a maneira de o pastor se comunicar com as congregações locais e virtuais; o surgimento de celebridades, cantores e pregadores; e, finalmente, o risco de escândalos quanto ao uso de enormes quantias arrecadadas.
A cultura gospel esta presente em todos os cultos de nossas igrejas, o que nos alerta a estar sempre atentos, qual o tipo de pessoas e pregadores que colocamos para pregar a Palavra de Deus. A cultura gospel é igualmente uma das formas que Deus usa para atingir a população, a variedade musical, estilos diferentes, ritmo, formas de pregação, está relacionado, muitas das vezes, com a questão da cultura do seu povo, desta forma, devemos tomar o devido cuidado sim, mas não podemos generalizar tudo. Como poderíamos pregar de uma só maneira para um povo com cultura diversificada. A cultura religiosa em nossa época passa por uma turbulência espiritual, o propósito da pregação do Evangelho esta sendo cumprido, mas as mensagens nem sempre verdadeiras. Como nossa prática pode afetar esta cultura? Precisamos modificar, e eleger pessoas idôneas para colocar no altar para ministrar e pregar a palavra de Deus. Ficar cauteloso a todos os envolvidos na divulgação da palavra de Deus, confrontar os tipos de inovações que esta sendo anunciadas, se verdadeiramente é para o alvo da palavra de Deus, ou é somente para lançamento de novos talentos, com talento e sem compromisso.

Bibliografia:
As Igrejas e o uso do rádio e da televisão: a formação de uma nova cultura
Religiosa Magali do Nascimento Cunha.